segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Doida linda CRIS DUFRAYER

Doida linda
Quando vc me chama assim
Percebo que meus fios soltos,
Desencapados, desconectados...
Percebo dia e noite, sol e lua,
Loucura e razão
Chuva, frio, edredom.
Vestido sem calcinha
Conexões defeituosas
De uma vida inteira
Anos de instalação
Força e lágrima
Feijão e poesia
Complementos do Brasil
Ritmo e carioquice
Medo da ópera ensaiadinha
Textos soltos e densos
Voz farta e verdadeira
Nada de princesa ou moleca
Rainha louca, doida linda!
Fios soltos da paixão
Rainha de marés e luas
Céu de sol e de estradas
Embreagens velozes
Todos os fios conectam um ser assim,
Indivisível e dual
Desafinada com a maioria
Solidão e companhia
Alma livre, coração preso
Incongruência.
O sempre e o talvez
E que se danem os nós!
02/05/2008
Cris Dufrayer

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